NEUROCIÊNCIAS – Conceito e História
A Neurociência pode ser caracterizada como a ciência do cérebro. É uma ciência recente que estuda o funcionamento do sistema nervoso central em toda a sua complexidade, busca integrar as áreas da saúde e educação. É uma ciência multidisciplinar que engloba três áreas principais: neurofisiologia, neuroanatomia e neuropsicologia.
Neurofisiologia é o estudo do funcionamento do Sistema Nervoso Central.
Neuroanatomia é o estudo da organização anatômica do sistema nervoso, suas estruturas tanto macroscópicas quanto microscópicas.
Neuropsicologia é o estudo das relações entre o cérebro e o comportamento humano, estuda as funções corticais superiores, como a atenção, a memória, a linguagem, o raciocínio lógico-matemático, a percepção visual, as funções executivas, entre outras funções cognitivas.
O campo científico da Neurociência Cognitiva recebeu este nome no final da década de 70. Esta jovem disciplina tem como objeto de estudo as relações entre o cérebro, as atividades mentais superiores e o comportamento. (RATO e CALDAS, 2010, p. 627)
Em 17 de julho de 1990, o então presidente dos Estados Unidos, George Bush, inaugurou o que ficou conhecido como a “Década do Cérebro”. Era sua intenção conscientizar o público a respeito dos benefícios decorrentes das pesquisas sobre o cérebro. Este período foi marcado por um grande desenvolvimento tecnológico, principalmente no que diz respeito aos exames de imagem do cérebro em funcionamento. Essa década permitiu saber mais sobre a cognição do que todos os séculos anteriores. (SANTOS e ANDRADE, 2011). Todas essas descobertas evidenciaram a importância da Neurociência, possibilitou o estudo de como ocorrem os diversos processos mentais, onde e quais áreas são ativadas e como ocorre o comportamento em termos de atividade cerebral.
Muitas dessas descobertas começaram a iluminar velhas questões sobre o aprendizado humano e a sugerir caminhos para a Educação, entre outras áreas.
A neurociência será um poderoso auxiliar na compreensão do que é comum a todos os cérebros e poderá nos próximos anos dar respostas confiáveis a importantes questões sobre a aprendizagem humana. (CHEDID, 2007, p. 299)